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Bruxaria

História

A palavra “Bruxa” vem da palavra grega “brouchos” que designa “larva de borboleta” e refere-se a comparação da mudança de cada pessoa ao se tornar uma bruxa. Há também outros significados indicados a palavra, mas creio que este seja o mais adequado e correto.

A bruxaria está presente desde a era paleolítica, onde as pessoas usavam muito os seus sentidos e observavam a natureza, relacionando tudo a uma energia espiritual.
O homem primitivo não conhecia deuses nem ciências, ele apenas acreditava na sua ligação com a natureza.
Acreditavam que se não fosse realizado o ritual para o nascer do sol, todos ficariam na escuridão.

Também temiam as forças naturais como o mar enfurecido ou o som dos trovões. Mas acima de tudo tinham grande respeito pela natureza.

Nesse tempo a valorização da mulher era muito grande, pois a mulher gerava a vida, e os homens desconheciam a sua participação nisso. Acreditavam que ao se deitar sob a lua cheia, depois de 9 meses a mulher dava a vida a um novo ser.

Por esse motivo tratavam a mulher como ser divino. Dai surge a primeira representação da Deusa Mãe, a mulher grávida, com seios fartos para amamentar, e os quadris largos para não perder a criança.

No período neolítico o homem passou a observar a rotina dos animais. Verificaram que a fêmea só procriava com a presença do macho, e concluíram que a mulher também só procriava com a presença do homem. Então a mulher deixou de ser um ser superior e passou a ser igual.

Com a chegada do Judaísmo, que pregava a crença num único Deus, e depois com o domínio do Império Romano, a mulher deixou de ser igual e passou a ser inferior ao homem.

Em 324 foi decretado que o cristianismo passaria a ser a religião oficial do Império Romano. Templos pagãos foram destruídos ou convertidos em igrejas cristãs.

Alguns pequenos grupos de pessoas continuaram a fazer rituais pagãos secretamente, porque as pessoas ainda buscavam cura e auxilio médico por possuírem mais confiança em um método que já conheciam a anos.

A igreja atacou violentamente essas pessoas, e tudo o que faziam foi julgado como demoníaco. Em 743 o Sínodo de Roma declarou ser crime qualquer oferenda a espíritos. Em 829 o sínodo de Paris baixou um decreto dizendo que a igreja não toleraria encantamentos e idolatria, e assim poderiam executar bruxas, feiticeiras, ou qualquer outro que não seguissem tais leis.

Então as bruxas e feiticeiras passaram a ser julgadas e executadas pela Inquisição. Apontadas como criaturas diabólicas que realizavam orgias, comiam crianças e desprezavam o sagrado.

A Inquisição iniciou-se em 1184 mas fortaleceu-se em 1215 e a partir dai foi multiplicado e espalhados pela Europa. A Inquisição não executava apenas as bruxas, mas todos aqueles que acreditavam em outra doutrina, tinham uma opinião diferente da Igreja Católica ou contestavam a fé cristã.
Eram utilizados métodos de tortura para confissões, e muitas vezes essas torturas extremas levavam o torturado à morte.

A última lei contra Bruxaria foi abolida em 1951, e a partir dai começou a ser vista sob uma nova luz. No século XX a Bruxaria renasceu, resgatando aquele antigo amor à natureza e deixando de lado aquela imagem de bruxaria diabólica.
Nos anos 30 na Inglaterra, surge a Wicca a primeira prática de religião de bruxaria. E torna-se mais proeminente na década de 50. Mas assim como qualquer movimento religioso, a bruxaria se divide em vários seguimentos.

Muitos que se envolveram com o movimento hippie adotaram a Wicca, por ser uma religião que oferecia uma espiritualidade alternativa e menos dogmáticas do que os sistemas cristãos.

Hoje em dia ainda há o preconceito com relação às bruxas ou até mesmo com a palavra “bruxaria”, mas é muito menor do que antigamente. As pessoas costumam ter medo do que não conhecem. 

Mas as bruxas são e sempre foram pessoas normais que trabalham, têm filhos, obrigações, e problemas pessoais.

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2 comentários em “Bruxaria”

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